Terapia, oi!

Ansiedade. Antes mesmo de saber que ela existia, ela já fazia parte da minha vida. Aquele sentimento que muitos julgam como uma "sensaçãozinha" de nervoso diante de grandes acontecimentos, mas que pode ser muito além disso. Talvez por causa desse preconceito, anos atrás eu não soubesse o que realmente eu estava passando. 

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Quando eu digo que a ansiedade faz parte da minha vida, não é exagero. Tudo começou por volta dos meus 11/12 anos de idade. Na época eu não fazia a menor ideia o que significava aquela angústia (vontade de chorar), por um simples dever de casa, ou ficar (muito) nervosa por ter que estudar para uma prova. Já era o começo do problema. 

Hoje, eu enxergo nitidamente os principais momentos em que senti uma angustia tão grande que ela foi capaz de me paralisar diante até de coisas muito simples. Alguns resultados foram bem mais intensos/desastrosos, enquanto outros, só eu sabia o quanto era ruim. 

De fato, eu poderia ser mais "eficiente" em alguns aspectos da minha vida. Mas demorou muito tempo até eu perceber o real motivo de eu não conseguir. 

Só na fase adulta eu comecei a me auto policiar a cada situação que me deixava tensa/preocupada/angustiada. Eu pensava "qual meu maior medo nessa situação?". Então percebi que na maioria das vezes era uma questão de expectativas (minhas e dos outros). 

Quando penso em metas a alcançar, a primeira coisa que surge na minha mente é imaginar o resultado. Quase de imediato também me veem no pensamento as dificuldades, e aí surge o medo de não conseguir.

É exatamente nesse momento que alguns sintomas aparecem. Não conseguir relaxar na hora de dormir, pensar demais no que pode acontecer, coração acelerado, choro e até dores no estômago (em casos mais intensos). Seguindo exatamente o contrário do que eu queria, quase sempre o resultado dessa preocupação toda é a procrastinação e logo depois, a culpa.  

Bem, fui pesquisar o que poderia ser a causa disso tudo. Claro que fui direto no "Dr." Google. Ao ler sites especializados e relatos, eu me identificava cada vez mais com a já famosa, ansiedade.  

A ansiedade me atrapalha muito mais nas ações que dependem exclusivamente de mim, com meus próprios prazos. Nesse texto dá pra ter uma noção desse conflito. 

Talvez por isso eu sempre tive a certeza que poderia dar meu jeito e resolver minha vida. Mas com o tempo que percebi que a ansiedade foi expandindo pra coisas bobas, como por exemplo, ir ao mercado, ou pagar contas no banco. Preocupação demais por algo que não me desafia nem um pouco.     

FINALMENTE, eu percebi que sozinha não vou conseguir, e principalmente, precisei admitir que não é só questão de força de vontade. A ansiedade é um problema complexo, que pra ser amenizado é preciso de AJUDA profissional, e isso não é vergonha nenhuma. 

É fundamental encarar o problema na dimensão que ele tem, antes que a vida passe e você não se realize plenamente, ou até mesmo chegue ao ponto de desistir de tudo.

Por coincidência, uma semana antes do #setembroamarelo, resolvi que era hora de encarar e aprender a lidar com a minha ansiedade, até que ela não me paralise mais diante dos meus sonhos. 

Comecei a fazer terapia. Porém, eu preciso falar, não é uma tarefa fácil revisitar o passado e perceber que tudo poderia ser diferente se não fosse essa dificuldade. É uma luta ter que se perdoar pelos próprios erros, pelo o tempo perdido, e se concentrar no presente sem pensar (demais) no futuro. 

Antes tarde do que nunca? Talvez seja melhor pensar assim.

Só preciso fazer valer o Hoje, e lutar. Um dia de cada vez. 

Aqui abaixo segue uma definição excelente sobre o que a ansiedade causa na vida de uma pessoa:





Encaremos a dor de cada um com respeito, coragem e empatia <3 
Juntos somos muito mais fortes.

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